Notas sobre a noite passada
Tenho boas recordações do tempo em que acreditava na democracia e, em família, ficávamos noite dentro para saber quem tinha ganho as eleições. Agora, podemos jantar a discutir o resultado.
Passeei pelos canais todos menos pelo terceiro que é nojento. O quarto pareceu-me uma revista à portuguesa. Deixei-me ficar no canal um, na companhia do Sr. Mega Ferreira, do Dr. Marcelo Rebelo de Sousa e do Dr. António Barreto.
Está visto que o Dr. Marcelo Rebelo de Sousa não brilha perto de outros e muito menos perto do Dr. António Barreto. Do Sr. Mega poderemos pensar que é candidato a um "job". Que mais se podia esperar.
A certa altura fiquei espantado com a imagem de um senhor, apoiante socialista, que dançava, qual diva do cinema mudo em comemoração frenética, e ia fazendo festas a uma fotografia de campanha do Sr. Eng. Será que eu passei pelas brasas ou terá sido orgulho de classe?
Pronto! O Sr. Eng. conseguiu! Conseguiu! E só ao segundo "conseguimos" é que a turba socialista bateu palmas. Humildade? É possível mas também pode ter sido orgulho de classe! Classe primária, ou pouco mais!
No meio desta desgraça, deste orgulho de classe socializante, o que me deixa contente é a afirmação do Sr. Mário Soares que disse, no dia 16 de Fevereiro, quatro dias antes das eleições, que: "Aqueles que querem governar por sondagens, querem governar de acordo com aquilo que pensa o eleitorado e nem sempre o eleitorado pensa bem". Soares disse, está dito!
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