Memórias de um fim-de-semana no Porto
Para longe do meu computador, para longe de tudo, decidi passar o fim-de-semana no Porto.
República dos cataventos.
Mesmo "à beira" da Ponte da Arrábida ouço no rádio que "habemus" governo. Surpresa (ou quase...), o Sr. Freitas estava ministro. Viva! Viva! Resultou, aquele artigo na revista. E lembrei-me do tempo e da vez, a última, em que participei em campanhas ou que votei para presidente desta república de cataventos. Que lhe faça bom proveito estar ministro.
República de pedreiros, livres, claro.
Outra surpresa (ou quase...) foi a daquele senhor baixinho e careca que não foi "convidado". Coitado. Ele que foi o cérebro, ele que fez tudo e mais que isso, não foi "convidado" pelo Primeiro para ser um dos segundos. E eu que pensava que ele era um dos que mandam no Primeiro... afinal não! Coitado! Certamente ele não ficou na sombra, à espera, como um bom caçador... coitado! Bem dizia ele que temos de nos habituar! Coitado! Foi nessa altura que eu desliguei o rádio.
República das bananas.
Passei pelo Mercado do Bulhão e comprei bananas. Foi lá que ouvi dizer que iam subir os impostos... o IVA a 20% e um imposto sobre a terra. Mentirosos! Que se lixe "este" povo, mentiroso, ignóbil massa votante que agora diz que eles vão subir os impostos! Mentirosos! Não têm vergonha... coitado do Primeiro... tanto trabalhinho por Portugal e agora vem esses analfabetos que, só porque podem votar, pensam que mandam alguma coisa. Mentirosos! Então eles vão lá subir os impostos! É mentira!
República Popular.
O povo é quem mais ordena! A terra a quem a trabalha! Democracia ou morte! Eleições livres, já!
Invicta Cidade do Porto.
Do fim-de-semana salvaram-se os amigos e uma visita ao Museu Soares dos Reis e, no regresso, uma passagem por Coimbra com café e pastel de Tentugal. Há coisas que o povo não merece.
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