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terça-feira, abril 12, 2005

Grão-Mestre e sus muchachos

Ontem á noite ouvi nas notícias da Radar que a maçonaria tinha uma lista de agentes da PIDE e que foi depositá-la num cofre dum banco. A notícia foi curta e ali fiquei eu à espera de um desenvolvimento que não veio. Depois do grande artigo sobre as diversas e variadas maçonarias portuguesas, na revista de Domingo do Diário de Notícias, achei este "factóide" mais um golpe publicitário e, sinceramente, continuo a achar.
Hoje, na minha volta pelos blogues habituais, o Insurgente enviou-me numa missão que acabou na SIC Online, onde se lê:

"A maçonaria tem em mãos um antigo dossier da Legião Portuguesa com mais de 3.600 nomes de agentes e informadores da PIDE, alguns deles ainda vivos. O registo, que contém outros dados de grande melindre, foi entregue ao grão-mestre do Grande Oriente Lusitano, António Arnaut, que já o mandou guardar num banco.
Os nomes aparecem dactilografados por ordem alfabética e por distrito. Mais de 3600, com as respectivas moradas e outras informações. Torna-se complicada a existência deste documento porque muitas das pessoas referidas ainda não morreram. Os padres constam no documento numa lista à parte. Não se referem nomes, mas as paróquias aparecem discriminadas. O dossier com todas estas informações apareceu no Palácio Maçónico, que esteve ocupado pela Legião Portuguesa até 1974. O documento foi entregue ao grão-mestre este fim-de-semana, no jantar de encerramento do Congresso Maçónico, num hotel de Lisboa, onde estavam várias pessoas estranhas à maçonaria. Para além dos empregados do hotel e dos elementos da banda musical, assistiram à entrega convidados e familiares dos presentes. Por causa da importância das informações ali contidas, o dossier foi depositado hoje de manhã num cofre de um banco. A maçonaria garante que não o irá divulgar. O destino do dossier vai ser analisado pelo Conselho da Ordem, o órgão executivo da maçonaria, que promete uma decisão para breve.
"

Que coincidência a divulgação de uma coisa tão secreta ser feita quinze dias antes do dia 25 deste mês e descoberta assim, de repente, lá no fundo de um baú daqueles onde guardam a sabedoria maçónica.
Tenho o enorme desprazer de me lembrar de António Arnaut nos idos e vermelhos tempos em que ele era um advogado socialista de um sindicato comunista, de têxteis ou de lanifícios da Castanheira, ou seria do Centro... já lá vão uns anos e falha-me a memória desses nomes.
Já nessa altura, um dos passatempos favoritos de António Arnaut era assustar os burgueses, fascistas e opressores patrões das pequenas fábricas de têxteis da região de Coimbra. Alguns assustaram-se, outros nem tanto e sei até de um pequeno grupo que não se importava nada de ter uma "conversa", em privado, com esse grande defensor dos direitos dos trabalhadores. Se essa "conversa" fosse possível como eu gostaria de lá estar !
Coube a António Arnaut ser o depositário do maior segredo da civilização ocidental depois do código Da Vinci, a lista com os nomes de 3600 agentes e informadores da PIDE e, pasme-se, alguns ainda vivos e, com toda a certeza a tremer de medo que o Grão-Mestre e sus muchachos voltem a atacar.
Sinceramente, a história perece-me pindérica mas, a bem da verdade, se a lista existe deve ser divulgada com toda a urgência. Ficaria tudo esclarecido. Ficávamos todos a saber quantos delatores houve, por exemplo, na Vila de Penela e se eram padres, beatos ou advogados, ou pais de advogados, ou até algum parente meu que tenha ido para aqueles lados. Ficávamos todos a saber quantos delatores devidamente credenciados mandaram os seus filhos estudar engenharia. Ficávamos a saber quantos ministros, ex-ministros, deputados, ex-deputados, revolucionários de ontem e de hoje são "primos" de um informador.
Continuo a achar a história pindérica! Não descubro o "melindre". Já sabemos, da leitura do livro do Professor Adelino Maltez que as moscas são as mesmas e há muito tempo... será esse o "melindre"? Estará o espírito iluminado da maçonaria, "pessoalizado" na mítica figura do bem amado (já o seu pai era "querido" ao povo de Penela e se não acreditam vão lá e perguntem) Grão-Mestre Arnaut, preocupado com os impares ou com os pares?
E, claro, que os padres tinham de ser falados, mas tão subtilmente que ficamos sem saber se por exemplo, na paróquia de Penela, o delator seria o padre, o sacristão ou algum primo. A altura é quase ideal. Depois do que foi dito pelo Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa, claro que tinham de se mexer...
Já estou a imaginar os empregados do hotel e os senhores da banda a assistirem à entrega solene da lista secreta. Convinha que estivesse lá alguém para testemunhar e, obviamente, vir "informar" discretamente a comunicação social e nada melhor que os moços de uma banda e meia dúzia de empregados de mesa mais ou menos mal pagos! Quase apostava que ainda vai ser notícia a table-dance com que foi agraciado o Grão-Mestre.
Pindérica! Esta história é pindérica! Mas é interessante como esta gente tem de desenterrar mortos para continuar a viver.