Teorias da Azeitona
O Sr. P. Pereira, o último (conhecido) génio português da olivicultura, duvida que em 1935 “houvesse muitos agricultores com esta capacidade de fazer uma cultura racional”. Pronto! E se ele duvida é melhor duvidarmos todos porque ele está na moda, ou melhor, é politicamente correcto gostar daquilo que ele, aparentemente politicamente incorrecto, diz, escreve ou finge que pensa. São coisas da moda, não são?
Ora duvida ele e duvido eu que alguma vez o Sr. P. Pereira tenha apanhado alguma azeitona fora do prato ou mesmo conhecido de perto ou de longe o que custa a apanha da azeitona.
Dirão alguns que o Sr. P. Pereira quer referir-se a uma racionalidade económica. Bom, também aí se engana.
Felizmente (ou infelizmente, não sei) tenho a sorte de ser neto, bisneto e por aí fora de gente que trabalhou (muito) a terra, lá na Beira Litoral. Felizmente (isso de certeza) tive a sorte de acompanhar e ajudar o meu avô em muitas idas à azeitona, de apanhar fruta, de apanhar batatas, de vindimar, de semear, de plantar e até de aprender coisas mais difíceis como enxertar ou fazer aguardente.
Será que o Sr. P. Pereira sabe fazer aguardente ou enxertar? Será que alguma vez se levantou às seis da manhã para ir apanhar azeitona? Será que sabe, de facto, qual é o esforço físico de apanhar azeitona? Não sei se sabe e vou continuar sem saber, claro.
O que o Sr. P. Pereira não pode, até porque é um intelectual sério, é dar essa imagem de gente pobre e triste que trabalhava no campo em 1935. Pobres talvez mas tristes não eram, cantavam, dançavam! O que o Sr. P. Pereira não pode é afirmar que não se namorava perto do cesto da azeitona quando essa era, muitas vezes, a única maneira do rapaz se aproximar da rapariga, ou vice-versa.
Com um disfarce burguês de “olha que curioso”, o que o Sr. P. Pereira pretende é dizer que tem o livro e depois dizer que é um homem de excepcional visão crítica e depois criticar aquilo que ele acha que é propaganda salazarista. Tanta coisa para tão pouco.
Quase me faz lembrar o Dr. Francisco Pereira de Moura, que (praticamente) só escreveu “O Projecto Burguês do Governo Socialista” em 1977, já que as (muitas) publicações feitas antes de 1974 eram, com toda a certeza, propaganda salazarista, incluindo as “Lições de Economia” de 1964.
Ora duvida ele e duvido eu que alguma vez o Sr. P. Pereira tenha apanhado alguma azeitona fora do prato ou mesmo conhecido de perto ou de longe o que custa a apanha da azeitona.
Dirão alguns que o Sr. P. Pereira quer referir-se a uma racionalidade económica. Bom, também aí se engana.
Felizmente (ou infelizmente, não sei) tenho a sorte de ser neto, bisneto e por aí fora de gente que trabalhou (muito) a terra, lá na Beira Litoral. Felizmente (isso de certeza) tive a sorte de acompanhar e ajudar o meu avô em muitas idas à azeitona, de apanhar fruta, de apanhar batatas, de vindimar, de semear, de plantar e até de aprender coisas mais difíceis como enxertar ou fazer aguardente.
Será que o Sr. P. Pereira sabe fazer aguardente ou enxertar? Será que alguma vez se levantou às seis da manhã para ir apanhar azeitona? Será que sabe, de facto, qual é o esforço físico de apanhar azeitona? Não sei se sabe e vou continuar sem saber, claro.
O que o Sr. P. Pereira não pode, até porque é um intelectual sério, é dar essa imagem de gente pobre e triste que trabalhava no campo em 1935. Pobres talvez mas tristes não eram, cantavam, dançavam! O que o Sr. P. Pereira não pode é afirmar que não se namorava perto do cesto da azeitona quando essa era, muitas vezes, a única maneira do rapaz se aproximar da rapariga, ou vice-versa.
Com um disfarce burguês de “olha que curioso”, o que o Sr. P. Pereira pretende é dizer que tem o livro e depois dizer que é um homem de excepcional visão crítica e depois criticar aquilo que ele acha que é propaganda salazarista. Tanta coisa para tão pouco.
Quase me faz lembrar o Dr. Francisco Pereira de Moura, que (praticamente) só escreveu “O Projecto Burguês do Governo Socialista” em 1977, já que as (muitas) publicações feitas antes de 1974 eram, com toda a certeza, propaganda salazarista, incluindo as “Lições de Economia” de 1964.