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segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Teorias da Azeitona

O Sr. P. Pereira, o último (conhecido) génio português da olivicultura, duvida que em 1935 “houvesse muitos agricultores com esta capacidade de fazer uma cultura racional”. Pronto! E se ele duvida é melhor duvidarmos todos porque ele está na moda, ou melhor, é politicamente correcto gostar daquilo que ele, aparentemente politicamente incorrecto, diz, escreve ou finge que pensa. São coisas da moda, não são?

Ora duvida ele e duvido eu que alguma vez o Sr. P. Pereira tenha apanhado alguma azeitona fora do prato ou mesmo conhecido de perto ou de longe o que custa a apanha da azeitona.

Dirão alguns que o Sr. P. Pereira quer referir-se a uma racionalidade económica. Bom, também aí se engana.

Felizmente (ou infelizmente, não sei) tenho a sorte de ser neto, bisneto e por aí fora de gente que trabalhou (muito) a terra, lá na Beira Litoral. Felizmente (isso de certeza) tive a sorte de acompanhar e ajudar o meu avô em muitas idas à azeitona, de apanhar fruta, de apanhar batatas, de vindimar, de semear, de plantar e até de aprender coisas mais difíceis como enxertar ou fazer aguardente.

Será que o Sr. P. Pereira sabe fazer aguardente ou enxertar? Será que alguma vez se levantou às seis da manhã para ir apanhar azeitona? Será que sabe, de facto, qual é o esforço físico de apanhar azeitona? Não sei se sabe e vou continuar sem saber, claro.

O que o Sr. P. Pereira não pode, até porque é um intelectual sério, é dar essa imagem de gente pobre e triste que trabalhava no campo em 1935. Pobres talvez mas tristes não eram, cantavam, dançavam! O que o Sr. P. Pereira não pode é afirmar que não se namorava perto do cesto da azeitona quando essa era, muitas vezes, a única maneira do rapaz se aproximar da rapariga, ou vice-versa.

Com um disfarce burguês de “olha que curioso”, o que o Sr. P. Pereira pretende é dizer que tem o livro e depois dizer que é um homem de excepcional visão crítica e depois criticar aquilo que ele acha que é propaganda salazarista. Tanta coisa para tão pouco.

Quase me faz lembrar o Dr. Francisco Pereira de Moura, que (praticamente) só escreveu “O Projecto Burguês do Governo Socialista” em 1977, já que as (muitas) publicações feitas antes de 1974 eram, com toda a certeza, propaganda salazarista, incluindo as “Lições de Economia” de 1964.

domingo, fevereiro 27, 2005

Livros

Acabei de reler “A Ditadura Liberal” de Jean-Christophe Rufin (Pémio Rousseau 1994) das Publicações Europa-América que comprei em 1995. Passaram assim, de repente, dez anos.
Para aguçar curiosidades transcrevo, do último capítulo, o seguinte:

“Se o poder das democracias não procede nem da fraqueza dos seus inimigos nem de um constrangimento social violento, de onde vem então? A resposta resume-se numa palavra: da sua autonomia. A civilização liberal soube tornar-se independente do consentimento dos homens que reúne. Tira partido da adesão dos mais dóceis do que da hostilidade dos mais rebeldes. Alimenta-se do que se opõe a ela. Dessa forma, o sistema liberal é autónomo: os homens podem aceitá-lo ou rejeitá-lo, mas tira destas posições opostas um igual benefício. Esse é o maior ensinamento dos apocalipses deste século, em particular do principal, aquele que foi inaugurado pela revolução bolchevique.”

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Lideranças e Sucessões

Gosto de citações e há, de certeza, pecados maiores que esse. Elas dizem o óbvio, aquilo que todos nós sabemos mas nunca nos lembrámos. O texto inicial deste espaço é uma citação de Santayana que usei e de que abusei nos tempos em que fui professor e acreditava numa mudança pela acção pacífica de ensinar pondo os outros a pensar. Hoje, os meus ex-alunos estão bem na vida, são professores, bancários e até políticos mas nunca percebi se lhes ensinei alguma coisa ou se consegui que pensassem.

Qualquer sucessão é complicada mas assisto à chegada de uma nova geração, muito nova, que passa directamente das suaves cadeiras da escola para as almofadadas cadeiras do poder sem passar pelas cadeiras duras do trabalho.

Perfeitamente consciente que só eu e alguns dos meus (poucos) amigos as vão ler, deixo aqui duas citações, traduzidas livremente, para nossa reflexão mas, sobretudo, para reflexão dos políticos do nosso lado:

"Quem não conseguir ser liderado não pode ser um bom lider" – Aristoteles

"A função da liderança é produzir mais lideres, não é produzir mais seguidores" - Ralph Nader

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Aborto I

Eu até dou de barato que a culpa seja dos jornalistas mas não percebo porque é que, de repente, a grande preocupação do País é o referendo sobre o aborto?
Sobre isso a minha posição é clara: NÃO !
Aqueles que pensam como eu, e somos muitos, mas que caíram no engodo da mudança vão ter de aceitar essas e outras consequências de um governo formado por mal formados. É a vida, como dizia o outro.
No entanto estou convencido que o referendo sobre a (criminosa) interrupção voluntária da gravidez não vai ser marcado para antes das autárquicas. O Sr. Sócrates e os outros senhores que mandam nele sabem que correm o risco de perder.
Bom, como eu costumo dizer mais ou menos a brincar, a culpa é do Dr. Salazar (ele que me desculpe) porque, se tivesse legalizado o aborto naquele tempo já não tínhamos de aturar, hoje, certa gentalha. De qualquer maneira, ainda bem que não o fez!

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Por falar nisso

Já alguém mediu o grau de arrependimento dos Espanhóis por terem votado no Sr. José Luis Sapateiro?

Querido, vamos votar no PS

Imagino aquele telefonema para o marido que está farto desses telefonemas inconsequentes, de fim de dia de trabalho da função pública, mais ou menos desta forma:

"Querido, olha, eu estive aqui a falar com a Rosete, sabes? Aquela que tem o marido muito doente e a gente vamos votar no PS. Olha, lixamos a vida dos nossos filhinhos (risos) mas ó menos a gente vinga-se do Santana. Percebestes? Prontos! Olha, depois a gente podia passar no Colombo para ver os saldos da Zara. Eles tinham lá daqueles slips de algodão que tu gostas. Sabes? Prontos! E depois até podiamos ir ó cinema com os miúdos... eles gostam tanto das pipocas. Prontos! Beijinhos! Adeus, adeus..."

terça-feira, fevereiro 22, 2005

De outros blogues

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Notas sobre a noite passada

Tenho boas recordações do tempo em que acreditava na democracia e, em família, ficávamos noite dentro para saber quem tinha ganho as eleições. Agora, podemos jantar a discutir o resultado.

Passeei pelos canais todos menos pelo terceiro que é nojento. O quarto pareceu-me uma revista à portuguesa. Deixei-me ficar no canal um, na companhia do Sr. Mega Ferreira, do Dr. Marcelo Rebelo de Sousa e do Dr. António Barreto.

Está visto que o Dr. Marcelo Rebelo de Sousa não brilha perto de outros e muito menos perto do Dr. António Barreto. Do Sr. Mega poderemos pensar que é candidato a um "job". Que mais se podia esperar.

A certa altura fiquei espantado com a imagem de um senhor, apoiante socialista, que dançava, qual diva do cinema mudo em comemoração frenética, e ia fazendo festas a uma fotografia de campanha do Sr. Eng. Será que eu passei pelas brasas ou terá sido orgulho de classe?

Pronto! O Sr. Eng. conseguiu! Conseguiu! E só ao segundo "conseguimos" é que a turba socialista bateu palmas. Humildade? É possível mas também pode ter sido orgulho de classe! Classe primária, ou pouco mais!

No meio desta desgraça, deste orgulho de classe socializante, o que me deixa contente é a afirmação do Sr. Mário Soares que disse, no dia 16 de Fevereiro, quatro dias antes das eleições, que: "Aqueles que querem governar por sondagens, querem governar de acordo com aquilo que pensa o eleitorado e nem sempre o eleitorado pensa bem". Soares disse, está dito!

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

In principio

"Those who cannot remember the past are condemned to repeat it."

George Santayana, The Life of Reason, Volume 1, 1905