Da leitura do prefácio ficamos a perceber que o pensador é Emmanuel Todd, citado duas vezes (pág. 19 e 101), achando eu que é melhor
ler um original.
A utilização de uma a linguagem, quase infantil, em que o autor, repetidamente, tenta explicar ao povo (nós, portanto) que "com efeito, pode ser-se estruturalmente pró-americano e conjunturalmente anti-Bush" ou que "a verdade é que, em Democracia, pode ser-se, no plano interno, contra um Presidente ou contra um Governo sem se ser antipatriota; e, no plano das relações internacionais, pode discordar-se de certas políticas seguidas por determinados governos sem se ser inimigo ou mau amigo do respectivo país" torna-se irritante e projecta múltiplas possibilidades de interpretação sobre essas verdades da democracia.
O tom é sempre dado com frases como "podem retorquir-me que a América é mais forte, não precisa para nada dos europeus e, portanto, tem o direito de decidir sozinha as suas políticas... Respondo que esse é o ponto de vista preconizado pelo actual Presidente americano e pela maioria da sua administração; mas não é a concepção que mais interessa à Europa e ao resto do mundo."
Para acabar cito: "Infelizmente, a época actual conjuga uma América muito forte, mas errada nas suas opções internacionais, com uma Europa muito fraca, que apenas esboça tímidas críticas mas não é capaz de dizer «não» quando chega a hora da verdade. É assim que se começa, normalmente, a descer o plano inclinado da conciliação ao seguidismo, deste ao servilismo, e deste último à servidão".
Gostava de saber quem é que construiu esta "Europa muito fraca" de que fala o professor. Se eu soubesse dava-lhe um belo raspanete!